Monday, June 11, 2007

Impressões do Oeiras ALIVE - Dia 1 - Concerto de PJ

Pois bem...depois de um fim de semana ALIVE, nem sei por onde começar!

O 1º dia era aquele q eu mais ansiava...PEARL JAM é e continuará a ser a minha banda de eleição e, pelos milhares de pessoas q se acumularam em frente ao palco e encheram o recinto sem arredarem pé na normal ansiedade q antecipa um concerto de Vedder, diria mm q n sou lá mt original :)

Foi um concerto típico de PJ, simples, sem grandes efeitos em palco, luzes ou flyers...Música e só música...e da melhor!! Quem tem acompanhado os concertos de PJ em Portugal sabe bem do q estou a falar. A actuação de 6ª feira foi mt semelhante à de Setembro último no Pavilhão Atlântico mas nem por isso deixou de ser um momento único e memorável para todos os fãs. Vedder cria um clima de intimidade entre o público e a banda ao qual é impossível ficar indiferente.

O concerto foi introduzido com Interstellar Overdrive, original dos Pink Floyd mas abriu efectivamente com Corduroy para delírio de quem, como eu, tem nesta música uma das suas preferidas!!

Seguiram-se Do The Evolution e World Wide Suicide no final da qual Vedder, com a cábula que já vai sendo presença habitual nos seus concertos, falou em português com o público agradecendo as ondas fantásticas com que Portugal o tem presenteado.

O desfile de grandes hinos continuou e era notório o prazer com q Vedder, acompanhado da também já habitual garrafa de vinho e do olhar melancólico, encarava o público q entoava em uníssono as músicas q têm sido banda sonora de uma vida!

Momentos altos foram sem dúvida todos aqueles extraídos do TEN. Even Flow e Alive fizeram, como sempre, a massa de fãs saltar energicamente e cantar a plenos pulmões num estado eufórico.

O 1º encore trouxe Why Go, Better Man, Crazy Mary e Rearviewmirror reservando-se para o segundo a mítica Black q deixou cair um clima mais nostálgico sobre o público logo contrariado pela Rockin' In The Free World, um original de Neil Young. Como também já vem sendo usual, o concerto fechou ao som de Yellow Ledbetter.

Para mim foi mais um concerto memorável no qual me tocaram particularmente a Crazy Mary, State Of Love And Trust e como não podia deixar de ser a Black. Vedder não terminou em extâse com “we, we, we belong together, together” mas registei a pergunta de retórica que deixou no ar “why keep playing this sad song?!?!”

Apenas com alguma tristeza por não ter visto confirmada a minha esperança em ouvir o recente Gone e o já clássico Dissident, terminei a 1ª noite do Oeiras Alive na quase impossível tarefa de regressar a casa de transportes públicos! Aí sim, dou nota negativa à organização do festival, o qual, face ao preço dos bilhetes, justificaria sem dúvida uma boa articulação entre os horários e necessidades do evento e a oferta de transportes colectivos...enfim...algo q falha sp em Portugal..basta recordar a noite de encerramento da EXPO 98!

ps - a Joanne garantiu a cobertura videofotográfica de todo o evento...foram muuuiiitttaaasss horas de bracinhos no ar...LOLOL!! Mas valeu bem a pena :D

Saturday, June 02, 2007

A Vida dos Outros (Das Leben der Anderen)

Ontem consegui finalmente ver o filme A Vida dos Outros (Das Leben der Anderen), vencedor do óscar para Melhor Filme Estrangeiro.

A acção desenrola-se na Alemanha de Leste, no ano de 1984, cinco anos antes da queda do muro de Berlim, e relata a actividade de Gerd Wiesler, funcionário do Ministério para a Segurança do Estado ou, mais propriamente, inspector da Stasi, a polícia secreta da República Democrática Alemã.

A Wiesler foi confiada a missão de vigiar Georg Dreyman, um encenador de teatro e um aparente defensor do sistema socialista que, no entanto, usa a sua idoneidade para defender amigos dissidentes, atitude que o torna suspeito aos olhos do Comité Central e o coloca sob investigação.

Apesar do mote da acção ser a observação da vida de Dreyman, a personagem central é na verdade Wiesler, o voyeur, aquele que tudo vê, tudo escuta e tudo acompanha, dividido entre a sua missão e a tentação de intervir. O filme transforma o observador em observado, uma vez que, em última instância, é a sua própria vida que o filme relata.

Apesar de ser uma apaixonada pelos enredos da Guerra Fria, o que mais me marcou neste filme foi a inteligência e sensibilidade com que o realizador trata o sentimento de atracção que a vida de alguém pode suscitar sobre terceiros, levando por vezes a um voyeurismo que ultrapassa claramente as fronteiras da privacidade.

Fiquei, por isso, surpresa ao saber que esta foi a primeira realização de Florian Henckel von Donnersmarck. Apesar de não ter ainda visto todos os restantes filmes candidatos ao Óscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro (resumo o meu conhecimento ao Labirinto do Fauno de Guillermo del Toro), atrevo-me a dizer que este deve, sem dúvida, ter merecido a estatueta que arrecadou.

Um dos melhores filmes que vi este ano. A não perder!!